Dois fatos sobre a Alemanha segundo opinião popular:
• Alemão: idioma complexo, truncado e difícil de aprender.
• Os alemães: povo frio, distante e difícil de tratar.
Nada mais equivocado. Como chamar de frio e distante um povo que canta, dança, ri e se diverte em suas festas tradicionais como a Oktoberfest ou em festas contemporâneas como as gigantescas festas eletrônicas ao ar livre em Berlin? Como chamar de truncado o idioma que brindou o mundo com os contos de fadas que um dia já fizeram dormir e sonhar virtualmente cada cidadão do mundo, como Cinderela, Branca de Neve, os Três Porquinhos, João e Maria, a Bela Adormecida, Rapunzel ou Chapeuzinho Vermelho? Como dizer qualquer coisa de ruim de um povo que aprimorou a técnica de se fabricar a cerveja, considerada por muitos a melhor do mundo? Como chamar de distante um povo que criou o hábito do café da tarde com “cuca” (que vem do alemão “Kuchen” – bolo) na casa da vovó? Como não lembrar que foram os alemães que criaram o simpático “fusquinha”, símbolo de toda uma geração?
Enfim, lembrar os alemães e seu idioma apenas através da organização quase pedante e da complexidade gramatical é – no mínimo – injusto. Berço de gênios ímpares na história da humanidade, da filosofia (Carl Marx, Immanuel Kant, Hegel, Nietzsche) passando pela literatura (Goethe, Schiller, Simmel, Ende – da “História sem fim”) até a música (aí é até covardia: Beethoven, Bach, Wagner para ficar só nos clássicos). Um povo com um senso de democracia profundamente enraizado e que criou o ideal socialista não pode ser considerado – como às vezes é – autoritário e rigoroso.
Além disso, o alemão é um idioma de uma riqueza inigualável e de uma lógica inegável. Basta dizer que, quando se trata de tornar compreensíveis estruturas altamente complexas, como por exemplo a mente humana (os ensinamentos de Sigmund Freud) ou o funcionamento de um motor (a Alemanha é referência mundial no ramo da engenharia mecânica), o alemão é o idioma mais indicado.
Fazer parte dessa riqueza cultural e compreender melhor o universo desse fascinante idioma é um privilégio que não deve ser restrito a um pequeno grupo de “corajosos”, até porque isso iria contra o senso democrático e libertário alemão. Livre-se dos preconceitos, conheça você também essa riqueza!
Bis bald (até logo)!
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